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Conversa, segunda feira, 01 de agosto 2016

Nessa semana ainda, ou seja, daqui a quatro dias, teremos  abertura solene dos Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro. Será uma cerimônia transmitida para o mundo todo e terá milhões de espectadores pela televisão. A abertura dessas Olimpíadas coincide  com a vigília do dia 06 de janeiro no qual o mundo recorda a tragédia da bomba que, em 1945, os norte-americanos jogaram sobre Hiroshima, no Japão. Mataram em um só momento milhares de pessoas e condenaram à morte pouco a pouco outras milhares deixando uma cidade deserta e morta. Até hoje, a cada ano em Hiroshima e Nagazaki (atingida no dia 08 de agosto), milhares de pessoas, descendentes das vítimas dessa tragédia, fazem um momento de silêncio em comunhão com todas as vítimas de guerras do mundo e pedem pela paz. É um ato transreligioso e humano. Francisco Whitacher é nosso amigo, presidente de uma fundação anti-nuclear e prêmio Nobel alternativo da paz. Com apoio de Leonardo Boff e de muitos de nós, Chico Whitacher escreveu aos organizadores da cerimônia de abertura das Olimpíadas e à FIFA pedindo que houvesse durante a cerimônia do Rio um momento de comunhão com a vigília pela paz em Hiroshima e essa recordação da tragédia da bomba para que nunca mais o império repita esse tipo de procedimento. A resposta foi que tudo estava organizado e não se poderia fazer isso na abertura das Olimpíadas. Lamentável... Façamos nós, cada um, cada uma em sua realidade local: lembrar Hiroshima e pedir a Deus e ao mundo que não se repita. 

Marcelo Barros

Camaragibe, Pernambuco, Brazil

Sou monge beneditino, chamado a trabalhar pela unidade das Igrejas e das tradições religiosas. Adoro os movimentos populares e especialmente o MST. Gosto de escrever e de me comunicar.

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