Blog Aqui vamos conversar, refletir e de certa forma conviver.

Sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Estou em Belém, na casa de Marcos, meu irmão de sangue que é padre na Igreja episcopal. Vim para pregar um retiro para o clero anglicano desta diocese da Amazônia. Antes de ir para o retiro (amanhã cedo), nesta noite, quis ir a um culto afro. Fomos, Marcos e eu a um templo de umbanda. Uma casa na periferia da cidade, terreiro do pai Taiandô. Ele nos recebeu com muito carinho. Mostrou-nos toda a casa e explicou cada elemento. Fez-nos saudar os espíritos-guias que guardam a porta, depois os assentamentos dos Orixás e das entidades do Vodum. Além disso, ele tem práticas da Casa de Mina e dos cultos afro do Caribe. Explicou isso dizendo: eu sou o sincretismo em pessoa. De fato, toda religião é sincrética e me parece que aqui no Brasil é mais legítimo o sincretismo com as tradições do nosso povo do que, por exemplo, manter como se fosse vindo do evangelho, elementos que são ou foram sincréticos do Cristianismo com a antiga religião romana. Participamos do culto que foi muito bonito e místico. Apesar de não compreender tudo (muita coisa era em língua iorubá), me senti em profunda ligação com Deus. 

o sincretismo por exemplo 

Marcelo Barros

Camaragibe, Pernambuco, Brazil

Sou monge beneditino, chamado a trabalhar pela unidade das Igrejas e das tradições religiosas. Adoro os movimentos populares e especialmente o MST. Gosto de escrever e de me comunicar.

Informações