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Pois é: acordei agora às seis horas da manhã com um telefonema

Pois é: acordei agora às seis horas da manhã com um telefonema e essa notícia: no meio da noite, a irmã Agostinha Vieira de Melo, monja beneditina, portanto da mesma ordem religiosa a qual pertenço, amiga que acompanho desde os anos 60 e com a qual tanto trabalhei e sonhei, teve uma parada cardíaca, foi levada ao hospital, mas não resistiu. Eu sabia que ela estava fraquinha e tinha combinado com os amigos Ricardo e Malu de irmos lá agora de manhã para visitá-la e eu pensava animá-la. Voltei ontem à meia noite de Curitiba e por isso não fui ontem... Iria hoje.

Agora ela está no céu e continuando lá a fazer seus poemas e a brincar com Deus e com os irmãos e irmãs de nossa comunhão que fazem a comunidade da gente do lado de lá..

Não sei ainda direito como vai ser o sepultamento, apenas que será no Mosteiro do Monte em Olinda. Tinha tomado um carro para ir a João Pessoa, mas recebi a notícia de que estão trazendo o corpo para cá. Não adiantava eu ir para lá. Então, escrevo essas linhas enquanto enxugo as lágrimas e espero...

É isso. Não vou falar mais nada.

Unamo-nos na comunhão do Cristo Ressuscitado e nesse processo difícil e de parto de um mundo novo possível que só mesmo muita fé e teimosia nos fazem testemunhar e acreditar.

Com muito carinho, abraço do irmão Marcelo  

Marcelo Barros

Camaragibe, Pernambuco, Brazil

Sou monge beneditino, chamado a trabalhar pela unidade das Igrejas e das tradições religiosas. Adoro os movimentos populares e especialmente o MST. Gosto de escrever e de me comunicar.

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