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Conversa, terça-feira, 11 de outubro 2016

Hoje, 11 de outubro, a Igreja Católica celebra a memória do papa bom João XXIII. Nesse dia, em 1962, ele inaugurou em Roma o Concílio Vaticano II. Lembro-me. Eu tinha ainda 17 anos e estava me preparando para entrar no Mosteiro de Olinda no final do ano, quando se concluísse o ano letivo no Colégio onde eu estudava.

Para João XXIII aos  81 anos de idade convocar o Concílio e propor uma reforma profunda na Igreja Católica, não foi fácil. Ele enfrentou as pressões contrárias da Cúria Romana e de muitos na Igreja que não compreendiam aquilo. Ele respondia: O Espírito Santo me inspirou e quer isso. E de fato, se não fosse pelo Espírito seria quase impossível pensar em algo semelhante.

Evidentemente, o Concílio conseguiu fazer isso, ou ao menos começar esse caminho porque muitos movimentos de base (movimento bíblico, ecumênico e outros) já vinham trabalhando os temas e fazendo experiências desde o começo do século XX. A semente estava na terra e bastou a chuva do Espírito e a abertura de coração do papa João para que tudo florescesse e a primavera chegasse. Agora, em meio a um inverno rigoroso, a Igreja Católica recebeu o papa Francisco. A primavera ainda não chegou nas instituições, mas o papa a anuncia. Dom Helder Camara dizia: Uma andorinha só não faz verão, mas o anuncia...

Para quem quer saborear como foi belo e profundo aquele 11 de outubro de 1962, vale a pena ver a reportagem do IHU: a carícia que mudou o mundo. Vejam em: www.ihu.unisinos.br/

Marcelo Barros

Camaragibe, Pernambuco, Brazil

Sou monge beneditino, chamado a trabalhar pela unidade das Igrejas e das tradições religiosas. Adoro os movimentos populares e especialmente o MST. Gosto de escrever e de me comunicar.

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